A energia solar continuará sendo a principal fonte de expansão global da capacidade de energia renovável até 2023, respondendo por 286 GW, informou a Agência Internacional de Energia (IEA) em um novo relatório. Esse número crescerá para quase 310 GW até 2024 devido à queda dos preços dos módulos, maior adoção de sistemas fotovoltaicos distribuídos e pressão política para implantação de usinas de energia em larga escala. A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou um relatório de mercado atualizado sobre as perspectivas do mercado de energia renovável para 2023 e 2024.

Globalmente, a nova capacidade de energia renovável aumentará de 107 GW para mais de 440 GW até 2023, o maior aumento absoluto já registrado, disse o relatório. A energia solar continuará sendo a principal fonte de expansão global da capacidade de energia renovável até 2023, respondendo por 65% das novas adições de capacidade, atingindo 286 GW, com aplicações de geração distribuída respondendo por quase metade das novas adições de capacidade.

“Preços de módulos mais baixos, maior uso de sistemas fotovoltaicos distribuídos e incentivo da política governamental para implantação de sistemas fotovoltaicos em larga escala provocarão maior demanda em todos os principais mercados, incluindo China, UE, EUA e Índia”, disse a IEA. Incrementos anuais.” No entanto, as novas adições de capacidade do Brasil provavelmente diminuirão em 2023-2024 devido à Lei nº 14.300, que entrou em vigor no início de 2022, alterando a taxa de retorno no mercado de geração distribuída. Em comparação com a previsão de dezembro de 2021, a agência aumentou sua previsão para adições de capacidade de energia renovável em 2023 e 2024 em 38%.

"Na UE, os sistemas fotovoltaicos residenciais e comerciais respondem por 74% de nosso crescimento projetado, com a maior parte (82%) do aumento vindo de seis grandes mercados: Alemanha, Espanha, Holanda, França, Itália e Suécia", disse o agência adicionada.

A IEA também disse que as duas principais tendências que a levaram a revisar sua previsão foram a crescente atratividade do caso de negócios para energia autoproduzida desde janeiro de 2021 e as condições de mercado desencadeadas pelo ataque da Rússia à Ucrânia. A agência disse que também aumentou sua previsão de crescimento para sistemas fotovoltaicos em escala de serviços públicos, mas em uma extensão muito menor devido a desafios de licenciamento, leilões com assinaturas pendentes e longos cronogramas de desenvolvimento.

Espera-se que os leilões competitivos continuem sendo o método de aquisição dominante na Europa, respondendo por pelo menos 65% do crescimento das instalações de energia renovável entre 2022 e 2024.

"Quase metade desse aumento virá de leilões de contratos de spread fixo bidirecionais liderados pela Polônia, Reino Unido, França, Itália e Espanha", disse a AIE.

Espera-se que os acordos de compra de energia (PPAs) e usinas comerciais representem 22% das novas adições de capacidade de energia na Europa até 2024. PPAs corporativos, liderados por Espanha, Suécia, Alemanha, Holanda e Dinamarca, representarão a maioria dos não utilizados compartilhamento do projeto. Alguns projetos não subsidiados também devem surgir no Reino Unido, Itália e Polônia, de acordo com a IEA.

A agência também disse: “Embora as instalações desenvolvidas sob modelos comerciais completos possam ser uma minoria, espera-se que os projetos de PPA aumentem a receita incorporando modelos de negócios de nicho”.